Principal nome da situação para a sucessão presidencial no Corinthians, Roberto de Andrade pode deixar o cargo de diretor de futebol caso seja confirmado como candidato. Embora tenha cuidado ao tratar do tema, o cartola admitiu a possibilidade em entrevista ao UOL Esporte.
'Não sou [candidato] ainda, não resolvi. Vou pensar quando chegar a hora. Não vou falar para você que vou fazer diferente do que todo mundo fez se eu for candidato. Provavelmente vai ser da mesma forma. Mas não existe uma data pré-fixada. Se isso acontecer, se eu for candidato, posso sair com seis meses, com oito, três, dez...', disse ele.
A escolha de Roberto de Andrade, que já havia sido divulgada pelo diário Lance! durante a semana, respeita a linha sucessória estabelecida desde o início da gestão de Andrés Sanchez. Mário Gobbi, hoje presidente do clube, ocupou a diretoria de futebol durante boa parte da gestão do seu antecessor, e deixou o posto um ano antes da sua eleição justamente para dedicar-se ao pleito.
A leitura geral no clube é de esse afastamento, em tese, serve para poupar o candidato e o time. Fora do futebol, Roberto de Andrade não contaminaria a rotina de jogadores e comissão técnica com discussões políticas, inerentes a um processo eleitoral. Por outro lado, não ficaria tão em evidência, evitando ser um alvo fácil dos conselheiros que não aprovam seu nome.
A provável saída de Roberto deixará uma lacuna no departamento de futebol. Duílio Monteiro Alves, hoje diretor-adjunto, seria o nome natural para a função, mas a vaga restante deve ser muito disputada. A proximidade do carro-chefe do clube e o caminho para a presidência seduzem diferentes forças políticas, que devem brigar pela indicação.