quinta-feira, 28 de novembro de 2013

CHÃO SOB GUINDASTE CEDEU, DIZEM OPERÁRIOS QUE TESTEMUNHARAM ACIDENTE NA ARENA CORINTHIANS

Chão sob guindaste cedeu
Chão sob guindaste cedeu
Segundo cinco operários ouvidos pela reportagem da Folha, que trabalham nas obras da Arena Corinthians e pediram para não serem identificados, uma parte do chão cedeu sob o guindaste que içava a última peça da cobertura, provocando o acidente no canto norte do lado leste do estádio, próximo à avenida Radial Leste e à estação Corinthians-Itaquera do metrô.
O guindaste perdeu o controle da peça, que balançou no ar antes de bater em parte da arquibancada do estádio. Com o impacto, parte do guindaste também caiu por cima da peça.
Essa mesma cena foi descrita por duas pessoas diferentes, que disseram à Folha ter presenciado o acidente: o gari Elifaz dos Santos, 43, e o vendedor ambulante Fabiano Freitas, que não quis revelar sua idade.
'Eu vi a peça parada no ar, erguida pelo guindaste. De repente, ela começou a balançar e bateu no estádio. E caiu tudo por cima. Ouvi um estrondo muito alto, como se fosse um prédio caindo', disse Santos.
MORTES
Segundo José Valter, operário da obra, um de seus amigos mortos estava em um dos banheiros químicos no momento do acidente.
'Quando percebi um barulho, as vigas já estavam tombando em cima da arquibancada. Era um barulho enorme de destruição. Estou assustado até agora', afirmou no começo da tarde desta quarta-feira.
A Folha apurou junto a pessoas que participam do comando da obra que um morto era um motorista que dormia no momento do acidente e outro era um colocador de cadeiras.
O comando da obra trabalha com três hipóteses para o acidente: 1) a lagarta do guindaste, que é a parte que roda, cedeu; 2) um problema de contrapeso; 3) o guindaste partiu.
O barulho do acidente foi ouvido de dentro da plataforma da estação Corinthians-Itaquera do metrô, que fica a cerca de um quilômetro do estádio.

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