A profunda crise técnica, tática e política vivida pelo São Paulo não afeta o cotidiano do rival Corinthians às vésperas do clássico do próximo domingo, às 16h (horário de Brasília), no Pacaembu. Escalados para a entrevista coletiva desta quinta-feira, o volante Ralf e o lateral-direito Edenílson descartaram qualquer favoritismo alvinegro no Majestoso e avisaram que o Timão também precisa da vitória para subir na tabela do Campeonato Brasileiro.
A preocupação é real. Enquanto o São Paulo tem oito pontos e está à beira da zona de rebaixamento, o Corinthians tem dez e não está tão bem assim na competição nacional. Uma vitória faria a equipe de Tite encostar nas equipes de cima da classificação.
- Não tem favoritismo, é 50% para cada lado. Nem conversamos sobre isso, apenas sobre a vitória que precisamos conquistar para nos dar mais motivação e moral para subir na tabela - afirmou Ralf.
- Sabemos que eles vêm mordidos, mas esperamos que essa sequência não acabe em cima da gente. Temos de somar pontos e não temos nada a ver com o que está acontecendo do outro lado - completou o volante.
Edenílson também apresentou postura cautelosa em relação ao rival. O lateral-direito reconhece que a série negativa pode abalar a equipe tricolor, mas que a motivação rival pode ser maior pelo fato de o Corinthians ter conquistado a Recopa em cima do adversário. Além disso, o favoritismo poderia ser traiçoeiro para o Timão.
- Temos de pensar só em nós, mas é claro que eles vêm mais motivados contra nosso time. Temos de estar preparados para todas as armadilhas. A situação deles não é boa, mas em clássico as coisas se nivelam. Eles têm jogadores de qualidade para vencer - alertou Edenílson.
O favoritismo ganha força por causa do retrospecto entre as equipes nesta temporada. Em quatro partidas, o Corinthians venceu três e empatou uma - com vitória nos pênaltis, na semifinal do Campeonato Paulista. Neste domingo, o Timão tem a chance de aumentar a crise do rival e lhe impor a nona derrota consecutiva na temporada.