O gol marcado contra a Portuguesa, nessa quarta-feira, comprovou que o meia peruano Cachito Ramírez está em alta no Corinthians. O técnico Tite se orgulha por não ter descartado o jogador após a expulsão diante do colombiano Tolima, na fatídica eliminação alvinegra ainda na fase preliminar da Libertadores de 2011.
'O Ramírez não estaria mais aqui se eu fosse filho da...', exaltou-se o comandante alvinegro ao ser questionado sobre o crescimento do armador nesta temporada. 'Ele foi expulso em um jogo importante contra o Tolima, mas futebol é cobrança, treinamento e tempo para que ele tenha confiança, entre e possa mostrar'.
Contratado no início do ano passado pelo Corinthians, Cachito Ramírez deixou boa impressão ao marcar um golaço em empate com o São Bernardo, pelo Campeonato Paulista, mas teve queda vertiginosa na sequência da temporada.
Ele perdeu espaço não só por ter ter sido expulso no confronto que definiu a eliminação precoce da equipe na Copa Libertadores, quando acertou uma cotovelada em um adversário logo depois de ter entrado em campo, mas também por ter sofrido com lesões - perdendo inclusive a Copa América com a seleção peruana. Na reta final do Brasileirão, acabou virando um dos heróis do título brasileiro ao marcar o gol da vitória sobre o Ceará, fora de casa, em meados de novembro, mas a maré demorou a virar.
O peruano começou 2012 atrás de Alex, Danilo e até do recém-chegado Vitor Júnior na briga por uma vaga no meio-campo. A situação parecia ter piorado após a chegada de Douglas, mas um novo golaço no empate contra o Bragantino - jogo em que Vitor Júnior foi expulso de forma infantil - o fez ganhar pontos com Tite, que o inscreveu na primeira fase da Copa Libertadores e o tem utilizado com frequência enquanto Douglas corre em busca da forma física.
'A entrada dele contra a Portuguesa (na vaga de Alex, durante o segundo tempo) deu dinâmica, retenção de bola. É um jogador de qualidade, que está aprendendo a entrar mais na área para concluir. Contra o São Caetano (vitória por 1 a 0, sábado, só com reservas), ele teve quatro oportunidades que foram para fora. Agora já teve mais presença de área para aproveitar o rebote do Liedson', elogiou o chefe, lembrando do lance que definiu os 2 a 0.