A posição de volante se tornou uma das prioridades do Corinthians nos últimos anos. Mesmo com a passagem de jogadores como Ronaldo Fenômeno, Roberto Carlos, Adriano, entre outras estrelas, de 2008 para cá, especificamente, o Timão tornou-se uma verdadeira potência nos jogadores responsáveis pela transição entre defesa e ataque. Na terça, foi apresentado Jocinei, ex-Rio Claro, mais uma jovem aposta da diretoria para a posição. E a cúpula tem créditos de sobra pelas últimas vezes em que arriscou.
Desde que voltou para a primeira divisão do futebol nacional, ao conquistar o Campeonato Brasileiro da Série B de 2008, o Timão traçou um trajetória ascendente de títulos, que culminou com o Mundial de Clubes no fim do ano passado. Em todas as campanhas, a respectiva dupla de volantes ficou marcada. E por nomes que, em geral, atingiram o ápice de suas carreiras vestindo a camisa alvinegra.
O Corinthians se preparou para perder Paulinho – titular absoluto do clube por três anos, vendido ao Tottenham, da Inglaterra, por € 20 milhões (cerca de R$ 59 milhões) – trazendo novos volantes. Guilherme já vinha sendo preparado para substituir o camisa 8, mas o Timão ainda contratou Jocinei, Maldonado e Ibson, que vinha atuando como meia, mas se disse pronto para ser segundo volante. Mesmo caso de Renato Augusto, contratado no início da temporada.
O padrão de sucesso alvinegro começou com a dupla formada por Cristian e Elias, campeã do Paulistão e da Copa do Brasil em 2009. Identificados com a torcida, ambos marcaram gols importantes na campanha e deixaram o Parque São Jorge como ídolos da Fiel. Com a saída de Cristian, chegou o até então desconhecido Jucilei, do Corinthians-PR. Para suprir Elias, o Timão comprou Ralf. Mais uma vez, sucesso absoluto na posição.
Atualmente, a equipe tem Ralf e Guilherme como titulares. Na reserva, equilíbrio entre os perfis dos jogadores: ao mesmo tempo em que conta com Maldonado, de 33 anos, o elenco traz os jovens Jocinei e Willian Arão, de 23 e 21, respectivamente. O presidente Mário Gobbi esclareceu em entrevista recente: com a perda de Paulinho, a intenção é não deixar escapar mais nenhum volante, para fins de planejamento.
– Temos um time que está jogando e outro que está sendo preparado para entrar. O que não podemos fazer é perder mais de um jogador por setor. Esse é o princípio básico – afirmou o mandatário.
No quadro de volantes-artilheiros do Corinthians, há dois da história recente entre os cinco primeiros colocados. Elias, com 24 gols, é o quinto, enquanto Paulinho, com 34, é o terceiro. O líder isolado é Biro-Biro, com 75, seguido por Wilson Mano, com 35.