No último domingo, Pato atuou como pivô, no lugar de Paolo Guerrero.
Isolado como referência dentro da área, marcou, de cabeça, o único gol
do Corinthians, no empate por 1 a 1 com o Atlético-PR, em Curitiba. Duas
semanas antes, no mesmo esquema 4-2-3-1, ele havia atuado aberto pela
ponta esquerda, e balançado as redes duas vezes na vitória por 2 a 0
sobre o Bahia. A exigência de Tite é clara: que o atacante se acostume a
atuar em todas as possibilidades no setor ofensivo.
Pato segue na briga por uma vaga no ataque do Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)
A melhor fase de Alexandre Pato no clube foi durante a primeira fase da
Taça Libertadores da América. À época, o atacante mandou Emerson para o
banco de reservas atuando no esquema 4-4-2, ao lado de Guerrero, com
mais liberdade de sair para o jogo e fazer valer sua principal
característica: a velocidade. Porém, pequenos problemas físicos do
camisa 7 deram espaço para que o Sheik retomasse sua vaga.
Hoje, o técnico Tite vê seu principal reforço de 2013 em processo de
evolução. Após pedir pessoalmente a Pato que ele fosse mais combativo,
liberando-o para fazer mais faltas e tomar mais cartões, o comandante se
animou pela capacidade de adaptação do atacante. Além do gol marcado
contra o Atlético-PR, como pivô, em uma função que ele mal foi testado
durante toda sua carreira, o atacante ainda teve outra chance clara de
dar a vitória ao Timão, mas perdeu cara a cara com o goleiro adversário.
Atacante | Jogos | Gols |
---|---|---|
Paolo Guerrero | 31 | 13 |
Alexandre Pato | 31 | 10 |
Romarinho | 36 | 7 |
Emerson Sheik | 30 | 4 |
Dos atacantes do Corinthians, Pato é o segundo que mais entrou em campo
nesta temporada, ao lado de Paolo Guerrero. Com 31 jogos disputados,
ele perde apenas para Romarinho, que entrou em campo 37 vezes, mas tem
menos gols: fez sete, contra 10 do concorrente. Emerson Sheik entrou em
campo 30 vezes no ano com a camisa alvinegra. Além das principais peças,
Tite ainda conta com os jovens Léo e Paulo Victor e com o chinês Zizao
para o ataque.
O setor ofensivo vem sendo um dos principais alvos de críticas do Timão
na reta inicial do Campeonato Brasileiro. Com desempenho instável -
hoje a equipe ocupa a 13ª colocação, com dez pontos ganhos - os
alvinegros marcaram seis gols em oito partidas disputadas. O único time
com pior retrospecto no ataque é o Náutico, que balançou as redes apenas
quatro vezes.